A pergunta que não quer calar: como será o plano de retomada de atividades presenciais na educação?
Toda a comunidade acadêmica aguarda orientações oficiais para a retomada das atividades, sem saber ao certo como será.
O que sabemos é que as instituições de ensino deverão obedecer a protocolos de segurança, como a presença apenas de um percentual de alunos matriculados. Ou seja, a flexibilização será autorizada, mas não com 100% dos alunos, de maneira gradual e ainda não sabemos como será o final do ano letivo de 2020 e início do letivo de 2021.
Essa situação pode ser um problema para a gestão escolar no momento do (re)planejamento das atividades pedagógicas, mas por outro lado, a solução apontada, novamente vem com as tecnologias digitais: O Blended Learning (aprendizado misto), também denominado por ensino híbrido, que combina atividades presenciais e atividades educacionais a distância, realizadas por meio das novas tecnologias de informação e comunicação (NTDIC).
Como será daqui em diante?
Podemos dizer que o ano de 2020 será um marco para a educação, pois iniciamos um avanço de maneira forçada no que diz respeito à educação mediada por tecnologias digitais e a adaptação a um novo modelo tornou-se essencial num cenário em que as escolas fecharam o atendimento presencial no período da pandemia instaurada.
Uma oportunidade para pensarmos e planejarmos a educação com novas ferramentas digitais para ensinar e aprender de forma interativa, colaborativa e engajadora, colocando todos numa mesma discussão em prol da continuidade do oferecimento da educação.
Durante a pandemia com a substituição das aulas presenciais por aulas a distância, não sabemos ao certo se foi mais desafiante para o aluno ou para o professor. Toda essa situação atípica mostrou um grande desafio para a educação como um todo, sobretudo para o professor que ficou na linha de frente em muitas situações do ensino remoto, sentindo o peso de ser inovador, criativo e tecnológico.
O professor nos processos de transformação.
Muitos professores tiveram que lidar, pela primeira vez, com ferramentas digitais para comunicar e ensinar sem terem sido preparados anteriormente para trabalhar com tecnologia e por isso, em muitos casos, a insegurança predominou, não no sentido do seu conteúdo, mas na forma e método de aplicar esse conteúdo de maneira remota.
Neste sentido, faz-se necessário e urgente que as gestões dos setores público e privado apoiem os professores, oferecendo ações formativas para as novas competências que requerem o ensino digital e invistam em infraestrutura e tecnologias, como por exemplo em Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA).
Feedback e constante acompanhamento dos gestores escolares.
Além disso, é essencial que gestores escolares tenham uma comunicação frequente com professores, famílias e alunos, para saber o que está ou não funcionando para sua realidade e contexto, pois as atividades que o aluno pode realizar on-line e na sala de aula variam de acordo com a proposta a ser implantada, criando diferentes possibilidades para essa abordagem pedagógica.
Onde podemos chegar?
Para concluir, o ensino híbrido por meio das tecnologias emergentes e metodologias ativas é um caminho capaz de criar uma nova identidade para a educação tanto na situação presente como no futuro.
No entanto, precisamos ressaltar que para que haja a possibilidade de implantação do ensino híbrido é preciso quebrar as barreiras internas do ensino exclusivamente tradicional.
É preciso diversificar as estratégias e atividades pedagógicas para possibilitar que o aluno se torne também um administrador e gerenciador da construção do seu conhecimento, colaborando com colegas e professores no processo de aprendizagem presencial ou a distância.
Profa. Deborah Christina Lopes Costa – Coordenadora de relacionamento do curso de mestrado da MUST University. Doutoranda, Mestre em Educação e Especialista em EAD – Consultora de Tecnologias Educacionais – Idealizadora do movimento @prof.conectado deborah.costa@sub.mustedu.com.br