Ao procurar no dicionário a palavra reestruturação, encontramos o seguinte significado: desenvolver ou gerar estruturas, reorganizar, fazer uma nova estruturação. Isso não é muito diferente do que acontece em um negócio. Quando se pensa em criar um plano de reestruturação empresarial, o objetivo é, muitas vezes, analisar, remodelar os processos da empresa, adotar novos fundamentos e, assim, crescer.

Seria como quando você precisa atualizar um software — em muitos desses casos, a atualização muda as estruturas básicas do programa, melhora ferramentas e corrige erros. Claro que, ao se tratar de uma empresa, o processo é um pouco mais profundo. Ocorrem estudos para entender em que momento a empresa está e o que precisa ser mudado.

Mas quando é o momento de ir para esse passo? A seguir, você vai entender o que é preciso para a reestruturação. Confira!

Qual é a melhor hora de realizar um planejamento de reestruturação empresarial?

Geralmente, quando a gestão nota que a empresa já não traz os mesmos resultados, quando os seus níveis de produtividades estão baixos, é o momento de realizar a reestruturação. Porém, vamos aprofundar um pouco mais no que significa isso: períodos de instabilidade sempre aparecem, pode ser uma crise econômica externa, pode ser problemas de alto índice de demissões, a queda nas vendas etc. 

Mais do que saber que esses momentos existem, é fundamental saber o que fazer. Em alguns casos, a reestruturação é a melhor maneira de impedir que a empresa entre em falência. Porém, como ter certeza?

Como identificar esse momento?

O principal objetivo da reestruturação, como falei na introdução deste texto, é reorganizar a estrutura. Transformá-la para atender tanto às demandas internas quanto às externas do negócio. Saiba que a “estrutura” aqui significa os elementos que sustentam a empresa, como: funcionários, produtos e serviços, equipamentos, matéria-prima, espaço físico, departamentos, processos, recursos tecnológicos, entre outros.

Portanto, a reestruturação se faz necessária quando percebemos que a empresa passa por problemas nesses setores, situações que afetam os seus resultados, principalmente, financeiros, exatamente quando há:

Quais são as etapas da reestruturação empresarial?

Não são muitas etapas de reestruturação empresarial, porém você verá que cada uma delas necessita de um trabalho detalhado por parte da gestão e dos colaboradores. Muitos dos processos podem levar meses, até porque, entre o planejamento e a prática, existem diferentes etapas de análise e decisão. A seguir, você vai entender melhor. Confira!

1. Colheita

Essa fase também pode ser chamada situação de deterioração, pois é aqui que começam as avaliações de como está o negócio. Dados de todas as atividades da empresa são coletados por meio de diferentes métodos: entrevistas, observação a campo, relatórios. É um passo fundamental para saber que tipo de reestruturação pode ser feito. Entre as principais, estão:

2. Análise

A segunda etapa engloba dois aspectos importantes para a reestruturação: a análise dos dados e também a formulação do planejamento estratégico. Ou seja, a partir das informações e do conhecimento do problema, são desenvolvidas ideias das possíveis soluções – é quase um brainstorm.

No planejamento, são definidas as ações implementadas, os responsáveis pela execução e também quais são os objetivos de cada tarefa. Isso pode ser feito no modo tradicional, com caneta e papel, mas existem diversas ferramentas que ajudam tanto na parte de análise quanto na busca por soluções. Alguns exemplos são: diagrama de Ishikawa, Swot, as 5 forças Porter e matriz de Ansoff.

Diagrama de Ishikawa

É também chamado diagrama de causa e efeito, ou espinha de peixe. É um recurso visual que ajuda a enxergar todas as causas de um problema. Primeiro, escreve-se o problema e traça-se uma seta horizontal, na qual ficam as categorias de cada porquê. Há liberdade para criá-las conforme a questão que se quer responder, porém se pode usar a lógica dos 6Ms:

Swot

O Swot é uma das metodologias para planejamento estratégico. Seu objetivo é ajudar a ter uma visão clara dos processos internos da empresa e como eles influenciam nos resultados, encontrando as suas forças e as suas fraquezas. Além disso, também analisa o ambiente externo, buscando as possíveis oportunidades e ameaças. O Swot é muito interessante de ser usado com a próxima ferramenta que vamos falar.

5 forças Porter

Criada em 1979, na Harvard Business Review, pelo professor Michael Porter. A primeira vez que se ouviu falar sobre elas foi em um artigo escrito pelo próprio, chamado — “As cinco forças competitivas que moldam a estratégia”. Pelo nome, já dá para perceber que o modelo tem uma relação direta com os padrões de competição do mercado, não é?

Pois bem, o propósito é ter uma maneira de analisar a competição entre as empresas. Para isso, são determinadas 5 forças competitivas:

Matriz de Ansoff

Essa é uma ferramenta de gestão de análise, ideal para o planejamento estratégico. Seu objetivo é trazer uma melhor visão quando uma nova ação é implementada, oferecendo à gerência a capacidade de traçar cenários e fazer projeções.

Basicamente, faz-se um quadrado com dois eixos: produtos e serviços. Depois divide-se em quatro partes e, em cada uma, define-se uma estratégia a ser adotada segundo as variáveis: penetração de mercado, desenvolvimento de produtos, diversificação e desenvolvimento de mercado.

De acordo com os fundamentos da matriz, essas quatro variáveis são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento da empresa.

3. Reorganização e estabilização

É agora que tudo aquilo que foi definido no planejamento é posto em prática. Digamos que é o momento de solucionar os principais gargalos e estabelecer o equilíbrio financeiro. Dependendo do tipo de reestruturação, vai exigir determinadas ações, como as seguintes.

4. Indicadores e acompanhamento

Com boa parte das etapas práticas da reestruturação implementadas, agora será necessário pensar em formas de monitorar esses processos. É a oportunidade de entender o que está acontecendo e quais os resultados que essas medidas trazem. Esse é um papel da gestão e consiste em determinar indicadores, ou KPIs, como são popularmente chamados.

No entanto, é preciso atenção. Os indicadores por definição são ferramentas que auxiliam a medir os processos. Eles não podem ser escolhidos de qualquer maneira, sendo preciso que tenham um objetivo e meçam algo definido. Sendo assim, seja qual for a meta, ela deve ser realista e possível para que os KPIs funcionem.  

Além disso, à medida que os indicadores apresentarem os resultados, pelo menos, parciais, a gestão deve fazer os ajustes necessários para não fugir do que foi determinado no planejamento estratégico.

Como fazer um plano de reestruturação empresarial?

As duas primeiras etapas de análise e de planejamento costumam ser as que mais necessitam de tempo, já que boa parte das ações depende da avaliação minuciosa do que acontece no negócio. Como todos os setores são analisados, a gestão costuma ficar sobrecarregada. No entanto, existem algumas perguntas que ajudam nesse processo, conforme a área do negócio. Vamos saber quais são, a seguir!

Marketing

Como está o desempenho dos meios de divulgação do negócio? O design, o setor de branding e o digital estão bem? A empresa tem utilizado estratégias eficientes para a propagação, como palavras-chave, produção de conteúdo, campanhas nas redes sociais ou nos meios de comunicação tradicionais? Há pessoas qualificadas no setor de marketing entre outros.

Finanças

Os custos e as despesas estão equilibrados? Houve aumento de dívidas? Como está o faturamento? É possível arcar com as demandas financeiras e, ainda, ter dinheiro para investir em melhorias?

Funcionários

Como está o desempenho dos colaboradores? Os funcionários estão satisfeitos com a empresa? Qual é o nível de retenção de talentos? Qual é o número de demissões durante o período? A companhia investe em capacitação e benefícios para manter os colaboradores engajados? 

Vendas

Como está o número de vendas mensais, trimestrais e semestrais? A empresa está atendendo aos seus objetivos? Há problemas de sazonalidade? Quais são os pontos fortes e fracos dessa área?

Clientes

Como é a relação da empresa com os clientes? As entregas são pontuais? Os consumidores estão engajados com a sua marca? Eles voltam para comprar os produtos ou serviços? Qual é o nível de reclamações?

Após a avaliação da situação do negócio, é possível tirar informações bastante interessantes para determinar quais são os problemas e as possíveis soluções. O plano de ação é a segunda fase do planejamento de reestruturação e, como falei no início, consiste em colocar no papel o que a empresa pode fazer. Basicamente, nessa etapa, define-se:

O interessante é utilizar essa estrutura para cada problema encontrado durante a fase de análise. Essa é uma ótima forma de ser realista com as decisões, além de melhorar o foco das ações.

Quais cursos podem ajudar na reestruturação da sua empresa?

Cuidar de uma empresa não é um processo fácil. As noções de gestão, financeiras e também sociais são fundamentais para decidir as melhores ações. Nesse ponto, um dos melhores cursos são aqueles que proporcionam ferramentas e metodologias para entender melhor o mercado e os processos internos do negócio.

Disciplinas voltadas à administração é a recomendação, nesse caso, oferecem oportunidade de aprender como gerir uma empresa e compreender a complexidade que esse universo traz. É nelas que se aprendem as técnicas, metodologias e práticas que ajudam a tomar decisões, avaliar o cenário e fazer projeções com segurança.

O curso de mestrado em Administração oferecido pela MUST University, por exemplo, pode fornecer todos esses recursos e preparar o empresário para tomar as melhores decisões sobre o seu negócio. Na grade curricular, há disciplinas sobre: modelagem de negócios, marketing para executivos, estratégia de investimentos e negócios na economia global, gestão em tecnologia na economia e de cadeia de suprimentos, e muitas outras.

Todos esses aspectos garantem o material necessário para que o empreendedor entenda o seu negócio e saiba analisar quando há a necessidade de fazer um plano de reestruturação empresarial. O melhor é que o nosso curso é totalmente online e é destinado não só a quem já fez administração, mas a qualquer pessoa formada.

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